Os Estados Unidos da América , são uma república constitucional federal composta por 50 estados e um distrito federal. A maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por 48 estados e Washington, D.C., o distrito federal da capital. Banhado pelos oceanos Pacífico e Atlântico, faz fronteira com o Canadá ao norte e com o México ao sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo fronteira com o Canadá no leste e com a Rússia a oeste, através do estreito de Bering. O estado do Havaí é um arquipélago no Pacífico Central. O país também possui vários outros territórios no Caribe e no Oceano Pacífico. Com 9,37 milhões de km² de área e uma população de mais de 300 milhões de habitantes, o país é o quarto maior em área total, o quinto maior em área contígua e o terceiro em população. Os Estados Unidos são uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, produto da forte imigração vinda de muitos países. Sua geografia e sistemas climáticos também são extremamente diversificados, com desertos, planícies, florestas e montanhas que abrigam uma grande variedade de espécies.
Os paleoindígenas que migraram da Ásia há quinze mil anos, habitam o que é hoje o território dos Estados Unidos até os dias atuais. Esta população nativa foi muito reduzida após o contato com os europeus devido a doenças e guerras. Os Estados Unidos foram fundados pelas treze colônias do Império Britânico localizadas ao longo da sua costa atlântica. Em 4 de julho de 1776, foi emitida a Declaração de Independência, que proclamou o seu direito à autodeterminação e a criação de uma união cooperativa. Os estados rebeldes derrotaram a Grã-Bretanha na Guerra Revolucionária Americana, a primeira guerra colonial bem sucedida da Idade Contemporânea. A Convenção de Filadélfia aprovou a atual Constituição dos Estados Unidos em 17 de setembro de 1787; sua ratificação no ano seguinte tornou os estados parte de uma única república com um forte governo central. A Carta dos Direitos, composta por dez emendas constitucionais que garantem vários direitos civis e liberdades fundamentais, foi ratificada em 1791.
Guiados pela doutrina do destino manifesto, os Estados Unidos embarcaram em uma vigorosa expansão territorial pela América do Norte durante o século XIX que resultou no deslocamento de tribos indígenas, aquisição de territórios e na anexação de novos Estados.Os conflitos entre o sul agrário e o norte industrializado do país sobre os direitos dos estados e a expansão da instituição da escravatura provocaram a Guerra de Secessão, que decorreu entre 1861 e 1865. A vitória do Norte impediu a separação do país e levou ao fim da escravatura nos Estados Unidos. No final do século XIX, sua economia tornou-se a maior do mundo e o país expandiu-se para o Pacífico. A Guerra Hispano-Americana e aPrimeira Guerra Mundial confirmaram o estatuto do país como uma potência militar. A nação emergiu da Segunda Guerra Mundial como o primeiro país com armas nucleares e como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética deixaram-no como a única superpotência restante.
Os Estados Unidos são um país desenvolvido e formam a maior economia nacional do mundo, com um produto interno bruto que em 2012 foi de 15,6 trilhões * de dólares, equivalente a 19% do PIB mundial por paridade do poder de compra(PPC) de 2011. Sua renda per capita era a sexta maior do mundo em 2010, no entanto o país é o mais desigualdos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme calculado peloBanco Mundial.Sua economia é alimentada pela abundância de recursos naturais, por uma infraestrutura bem desenvolvida e pela alta produtividade; e, apesar de ser considerado uma economia pós-industrial, o país continua a ser um dos maiores fabricantes do mundo. Os Estados Unidos respondem por 39% dos gastos militares do planeta e são um forte líder econômico, político e cultural.
Etimologia
Em 1510, o cartógrafo alemão Martin Waldseemüller elaborou um planisfério, onde denominou asterras do hemisfério ocidental de "América", em honra ao cartógrafo italiano Américo Vespúcio. As antigas colônias britânicas usaram pela primeira vez o nome do país moderno na Declaração de Independência — "unânime declaração de independência dos Estados Unidos da América", adotada pelos "representantes dos Estados Unidos da América", em 4 de julho de 1776.Seu nome atual foi formalmente adotado em 15 de novembro de 1777, quando o Segundo Congresso Continentalaprovou os Artigos da Confederação, que estipulavam "O nome desta confederação será Estados Unidos da América".A forma "Estados Unidos" também é padronizada; outra forma comum é EUA. "Colúmbia", derivado do nome de Cristóvão Colombo, em tempos um nome popular para os Estados Unidos, ainda permanece no nome distrito de Colúmbia.]Ocasionalmente o país é referido de forma incorreta como Estados Unidos da América do Norte. Na escrita, também é comum o uso das abreviaturas EUA, US ou USA.
As formas padrão para se referir a um cidadão dos Estados Unidos são "americano" (mais usual), estadunidense (ouestado-unidense) ou "norte-americano". Também é utilizado o adjetivo "ianque" (do inglês yankee).Originalmente e em sentido estrito, yankee é um habitantes da região de Nova Inglaterra, mas o uso generalizou-se, passando a designar todos os nativos dos estados do Norte; pode ainda designar especificamente os soldados nortistas durante a Guerra da Secessão ou, mais genericamente, qualquer nativo dos Estados Unidos.
História
Acredita-se que os povos indígenas dos Estados Unidos continentais, incluindo os nativos do Alasca, emigraram da Ásia. Eles começaram a chegar há 12 ou 40 milênios, senão antes.Alguns, como a cultura mississippiana pré-colombiana, desenvolveramagricultura avançada, arquitetura grandiosa e sociedades estaduais. Mais tarde os europeus começaram a colonização das Américas,muitos milhões de indígenas americanos morreram de epidemias de doenças importadas, como a varíola.
Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob contrato com a coroa espanhola chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas.Em 2 de abril de 1513, o conquistador espanhol Juan Ponce de León desembarcou no local em que ele chamou de "La Florida" — a primeira visita europeia documentada no que viria a ser os Estados Unidos Continentais.Às colônias espanholas na Flórida seguiram-se outras no que é hoje o sudoeste dos Estados Unidos, que atraíram milhares de colonos através do México. Os comerciantes de peles franceses estabeleceram postos da Nova França em torno dos Grandes Lagos; a França acabou por reivindicar a maior parte do interior da América do Norte até o Golfo do México. O primeiro assentamento inglês bem sucedido foi a Colônia da Virgínia em Jamestown, em 1607, e a Colônia de Plymouth, dos chamados Peregrinos (em inglês: Pilgrim Fathers [pais peregrinos] ou simplesmente Pilgrims), em 1620.O fretamento de 1628 da Colônia da Baía de Massachusetts resultou em uma onda de migração; por volta de 1634, a Nova Inglaterra tinha sido povoada por cerca de 10 000 puritanos. Entre o final dos anos 1610 e a Revolução Americana, cerca de 50 000 prisioneiros foram enviados para as colônias americanas da Grã-Bretanha. A partir de 1614, os holandeses se estabeleceram ao longo do rio Hudson, nomeadamente na colônia de Nova Amsterdã na ilha de Manhattan.
Em 1674, os holandeses cederam seu território norte-americano à Inglaterra; a província da Nova Holanda foi renomeada para Nova Iorque. Muitos dos novos imigrantes, especialmente do Sul (cerca de dois terços de todos os imigrantes da Virgínia) foram contratados como trabalhadores temporários entre 1630 e 1680. A partir do final do século XVII, os escravos africanos foram se tornando a principal fonte de trabalho forçado. Com a divisão das Carolinas em 1729 e a colonização da Geórgia em 1732, foram estabelecidas astreze colônias britânicas que se tornariam os Estados Unidos.Todas contavam com um governo local eleito, estimulando o apoio aorepublicanismo. Todas as colônias legalizaram o comércio de escravos africanos. Com taxas de natalidade altas, taxas de mortalidadebaixas e imigração constante, a população colonial cresceu rapidamente. O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e 1740, conhecido como o Grande Despertar, incentivou o interesse na religião e na liberdade religiosa. Durante a Guerra Franco-Indígena, as forças britânicas tomaram o Canadá dos franceses, mas a população francófona permaneceu isolada política e geograficamente das colônias do sul. À exceção dos nativos americanos (popularmente conhecidos como "índios americanos"), que estavam sendo deslocados, as treze colônias tinham uma população de 2,6 milhões de habitantes em 1770, cerca de um terço da Grã-Bretanha; cerca de um em cada cinco norte-americanos eram escravos negros.Embora sujeitos aos impostos britânicos, os colonos americanos não tinham representação no Parlamento da Grã-Bretanha.
Primeira guerra mundial , Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial.
Durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, que eclodiu em 1914, os Estados Unidos mantiveram-se neutros. Apesar da maioria dos americanos simpatizarem com os britânicos e com os franceses, muitos eram contra uma intervenção. Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos Aliados, ajudando a virar a maré contra as Potências Centrais. Após a guerra, o Senado não ratificou oTratado de Versalhes, que estabelecia a Liga das Nações. O país seguiu uma política de unilateralismo, beirando o isolacionismo.
Em 1920, o movimento pelos direitos das mulheres conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que concedia o sufrágiofeminino. A prosperidade dos Roaring Twenties ("anos 20 florescentes, alegres, ruidosos ou vívidos") terminou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, que desencadeou a Grande Depressão. Após sua eleição como presidente em 1932, Franklin Delano Roosevelt respondeu à crise social e econômica com o New Deal ("novo acordo"), uma série de políticas de crescente intervenção governamental na economia. O Dust Bowl de meados da década de 1930 empobreceu muitas comunidades agrícolas e estimulou uma nova onda de imigração ocidental.
Guerra Fria.
Os Estados Unidos, neutros durante as fases iniciais da Segunda Guerra Mundial, iniciada com ainvasão da Polônia pela Alemanha Nazista em setembro de 1939, começaram a fornecer material para os Aliados em março de 1941 através do programa Lend-Lease (Lend-Lease Act; "Lei de empréstimo e arrendamento"). Em 7 de dezembro de 1941, o Império do Japão lançou um ataque surpresa a Pearl Harbor, o que levou os Estados Unidos a se juntar aos Aliados contra as potências do Eixo e ao internamento compulsivo de milhares de americanos de origem japonesa. A participação na guerra estimulou o investimento de capital e a capacidade industrial do país. Entre os principais combatentes, os Estados Unidos foram o único país a se tornar muito mais rico, ao contrário dos restantes aliados, que empobreceram por causa da guerra.
As conferências dos aliados em Bretton Woods e Yalta delinearam um novo sistema de organizações internacionais que colocou os Estados Unidos e a União Soviética no centro da política geoestratégica mundial. Como a vitória foi conquistada na Europa, umaconferência internacional realizada em 1945 em São Francisco produziu a Carta das Nações Unidas, que se tornou ativa depois da guerra. Tendo desenvolvido as primeiras armas nucleares, os Estados Unidos, usaram-as sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. O Japão se rendeu em 2 de setembro do mesmo ano, marcando o fim da guerra.
Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia. Os Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo, enquanto a União Soviética promovia o comunismo e uma economia planificada.Ambos apoiavam ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas americanas combateram as forças comunistas chinesas na Guerra da Coreia de 1950-53. O Comitê de Atividades Antiamericanas seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura emblemática do sentimento anticomunista.
O lançamento soviético de 1961 do primeiro voo tripulado fez com que o presidente John F. Kennedy lançasse o repto dos Estados Unidos serem o primeiro país a aterrissar um homem na lua, o que foi realizado em 1969. Kennedy também enfrentou uma tensa crise motivado pela presença de forças soviéticas em Cuba que por pouco não provocou um confronto nuclear. Entretanto, os Estados Unidos experimentaram uma expansão econômica sustentada. Ao mesmo tempo, cresceu o movimento dos direitos civis, simbolizado e liderado por afro-americanos, como Rosa Parks e Martin Luther King Jr, usando a não violência para enfrentar a segregação e adiscriminação. Após o assassinato de Kennedy em 1963, a Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 1965 foram aprovadas pelo presidente Lyndon B. Johnson. Johnson e seu sucessor, Richard Nixon, expandiram uma guerra por procuração nosudeste da Ásia para a mal sucedida Guerra do Vietnã.[80] Um amplo movimento de contracultura cresceu, alimentado pela oposição à guerra, o nacionalismo negro e a revolução sexual. Betty Friedan, Gloria Steinem e outros levaram uma nova onda defeminismo que buscava a igualdade política, social e econômica das mulheres.
Como consequência do escândalo de Watergate, em 1974 Nixon se tornou o primeiro presidente americano a renunciar, para evitar sofrer um impeachment (impugnação do mandato) sob as acusações de obstrução da justiça e abuso de poder, sendo sucedido pelo vice-presidente Gerald Ford. A administração de Jimmy Carter da década de 1970 foi marcada pela estagflação e a crise dos reféns do Irã. A eleição de Ronald Reagan como presidente em 1980 anunciou uma virada à direita na política norte-americana, refletida em grandes mudanças na tributação e nas prioridades dos gastos. Seu segundo mandato foi marcado pelo escândalo Irã-Contras e pelo significativo progresso diplomático com a União Soviética. O posterior colapso soviético pôs fim à Guerra Fria.